Sapatilhas de Pontas, quando começar?

No universo dos praticantes de ballet clássico, o uso de sapatilhas de pontas é um momento muito esperado. Receber o primeiro par deste equipamento tão especial é um rito de passagem, um sinal de seriedade e dedicação.

Sapatilha de ponta

Contam os registros históricos que as “pontas” – como são chamadas pelos iniciados – começaram a ser utilizadas pela bailarina sueco/italiana Marie Taglioni (1804-1884).Outras já haviam usado pontas antes, mas apenas para aparições breves em forma de truques; Taglioni foi a primeira a realmente dançar com esse calçado diferenciado. O que ela desejava é ainda o que move milhares de estudantes de dança a cobiçar dançar em pontas: leveza, sensação de suspensão e uma imagem mais alongada. Em pontas, uma bailarina chega a medir 20 centímetros a mais!

Assim, é comum que o período preparatório das meninas que estudam ballet seja acompanhado de grande ansiedade para chegar às pontas. É muito importante saber qual o momento adequado para que este trabalho inicie. A tal leveza que as pontas transmitem são precedidas de trabalho árduo, disciplina corporal e – sejamos francos – um alto grau de desconforto. Para que as dificuldades sejam superadas e haja condições de se alcançar um resultado positivo sem comprometer a saúde da praticante, é indispensável que se respeitem as condições mínimas para o começo do trabalho em pontas.

Continue no site Dança em pauta

 

Conteúdo publicado originalmente por:

Izabela Lucchese Gavioli
Médica especialista em Reumatologia e Medicina do Esporte. Professora Assistente do Curso de Licenciatura em Dança da UFRGS. Mestre e doutoranda em Artes Cênicas/PPGAC UFRGS. Membro da International Association for Dance Medicine and Science (IADMS). Diretora, coreógrafa e bailarina no Grupo LAÇOS – Dança de Salão Contemporânea.